O azeite de oliva é muito mais do que um ingrediente versátil na cozinha — é parte da história da alimentação humana há mais de 6 mil anos. Com raízes profundas na cultura mediterrânea, ele conquistou o mundo, inclusive o Brasil, onde tem ganhado cada vez mais espaço nas receitas e na mesa do dia a dia.
Mas nos últimos tempos, muitos consumidores têm se deparado com algo que amarga até mais do que um azeite extravirgem mal armazenado: o preço. Se você notou que está pagando muito mais por uma garrafinha de azeite, não é só impressão. E neste texto, vamos explicar o que está por trás dessa alta, como o Brasil se posiciona nesse mercado e o que mudou com a nova política de importação.
Uma crise global no campo das oliveiras
Entre 2021 e 2023, países do sul da Europa — especialmente a Espanha, maior produtora mundial de azeite — enfrentaram uma das piores secas da história recente. O impacto foi devastador: a produção espanhola despencou 60%, caindo de 1,5 milhão para apenas 600 mil toneladas de azeite.
Com menos oferta no mercado e a demanda global estável, os preços dispararam. Em 2024, o produto chegou a acumular uma alta de quase 50%, transformando o azeite de oliva em item quase de luxo em muitos países, inclusive o Brasil.
O Brasil consome, mas não produz
Apesar de ser um dos maiores produtores agrícolas do mundo, o Brasil tem uma produção tímida de azeite de oliva. Isso acontece porque a oliveira exige condições climáticas muito específicas: invernos frios sem geadas fortes, verões secos e baixa umidade — um perfil que só algumas regiões brasileiras oferecem, como o Rio Grande do Sul e a Serra da Mantiqueira.
Com isso, o país importa cerca de 99,7% do azeite que consome. Em 2024, essas importações movimentaram US$ 780,5 milhões — um aumento de 32% em valor, mesmo com queda no volume importado. Isso significa que compramos menos, mas pagamos muito mais.
Portugal, Espanha, Chile, Itália e Argentina são os principais fornecedores do produto para o Brasil.
Redução de imposto: uma tentativa de conter a alta
Para tentar conter os preços nas gôndolas, o governo brasileiro anunciou em março de 2025 a redução do imposto de importação de azeite de oliva: de 9% para 0%.
A medida faz parte de um pacote emergencial que reduziu tarifas de 11 alimentos considerados essenciais, buscando ampliar a oferta interna e aliviar a pressão inflacionária sobre o consumidor.
A boa notícia é que a safra de azeite colhida no final de 2024 já mostra sinais de recuperação. A expectativa é que a produção global em 2025 atinja 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Se isso se confirmar, há chances reais de que os preços voltem a cair.
Como funciona a importação de azeite no Brasil?
Quem deseja importar azeite para aproveitar as oportunidades do mercado precisa seguir uma série de regras, principalmente as estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Entre os procedimentos obrigatórios estão:
• Registro do importador junto ao MAPA;
• Licença de importação (LI ou LPCO);
• Rotulagem conforme a legislação brasileira;
• Exames laboratoriais para garantir a qualidade do produto.
O processo pode ser agilizado se o importador apresentar um certificado de análise feito por laboratório credenciado no país de origem. Além disso, uma logística internacional bem planejada é fundamental: o azeite deve ser transportado em condições ideais, longe da luz e do calor, para manter sua qualidade e sabor.
O mercado brasileiro ainda tem muito espaço para crescer
Mesmo com o crescimento constante no consumo nas últimas décadas, o brasileiro ainda consome pouco azeite em comparação com outros países. O consumo per capita gira em torno de 400g por ano, enquanto na Grécia passa dos 11kg por pessoa!
Ou seja, além de ser um mercado promissor, o Brasil ainda tem muito potencial para desenvolver sua própria cultura do azeite — tanto em produção, quanto em hábitos de consumo mais conscientes e informados.
Conclusão
O cenário do azeite de oliva mostra como o clima, a geopolítica e a economia global podem afetar diretamente o que chega ao nosso prato. A redução de impostos é um passo importante, mas ainda dependemos de uma produção internacional vulnerável às mudanças do planeta.
Enquanto isso, para quem importa ou consome, o segredo está em buscar informação, qualidade e, quem sabe, apoiar os pequenos produtores nacionais que estão, aos poucos, construindo um mercado brasileiro mais forte e autêntico de azeite de oliva.
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