Há mais de cem anos, o café tem sido um dos pilares da economia brasileira, impulsionando a balança comercial e consolidando o país como protagonista no mercado global. Em 2024, o grão reafirmou sua importância, ocupando o 7º lugar entre os principais produtos exportados pelo Brasil.
Contudo, os preços do café — tanto no mercado interno quanto no internacional — registraram aumentos históricos, afetando consumidores em todo o mundo.
A disparada dos preços do café
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o preço global do café saltou 38,8% em 2024 em comparação à média de 2023. Em bolsas como a Intercontinental Exchange Inc (ICE), o cenário foi ainda mais expressivo: o café arábica teve um aumento de 70% no mesmo período — e mais de 20% apenas no primeiro trimestre de 2024.
No mercado doméstico, o impacto também foi sentido. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou uma inflação acumulada de 66,18% para o café nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025.
A FAO alerta que, caso as condições climáticas desfavoráveis persistam nas principais regiões produtoras, os preços poderão continuar em alta ao longo de 2025.
Brasil: Líder global da produção e exportação do café
O Brasil permanece como líder absoluto na produção mundial de café, respondendo por 38% da oferta global e 20% das exportações.
O Vietnã ocupa a segunda posição, com 17% da produção mundial. Juntos, Brasil e Vietnã são responsáveis por mais da metade do café produzido no planeta — um feito possível graças às condições ideais de clima, solo e altitude que poucos países conseguem replicar.
Exportação de café em 2025
País de destino | Valor FOB US$ |
Estados Unidos | 903,05 milhões |
Alemanha | 789,65 milhões |
Itália | 466,62 milhões |
Japão | 340,38 milhões |
Bélgica | 302,24 milhões |
Os dados acima correspondem ao período de Janeiro a Dezembro de 2025, conforme o ComexVis.
O que causou a alta no preço do café?
• Condições climáticas adversas: As safras de Brasil e Vietnã foram severamente afetadas. No Brasil, a forte seca de 2024 reduziu a produtividade. Já o Vietnã enfrentou chuvas irregulares e clima seco, resultando em uma queda de 6% na produção e 47% nas exportações.
• Aumento da demanda global: O café é a segunda bebida mais consumida no mundo. A demanda continua crescendo, especialmente em mercados emergentes como a China, onde o consumo subiu 40% nos últimos cinco anos.
Enquanto isso, a produção global do grão se mantém estagnada desde 2020.
• Redução dos estoques: O consumo elevado vem corroendo os estoques globais, que passaram de 37,5 milhões para apenas 20,8 milhões de sacas entre 2020 e 2024.
• Altos custos logísticos: Conflitos no Oriente Médio pressionaram os custos do transporte marítimo, impactando diretamente o comércio de café, que depende majoritariamente desse modal.
• Variações cambiais: A valorização do dólar em 2024 (alta de 27,3%) encareceu ainda mais o produto brasileiro no mercado interno, uma vez que o café é um bem majoritariamente voltado à exportação.
Logística: peça-chave para a competitividade do café brasileiro
A eficiência logística é crucial para o sucesso das exportações de café. O modal marítimo é o principal meio de transporte do grão, e qualquer gargalo logístico pode significar atrasos, elevação de custos e perda de competitividade no mercado internacional.
Com os preços já em alta, investimentos em planejamento logístico tornam-se ainda mais essenciais para preservar a liderança brasileira e garantir a sustentabilidade do setor.
Expectativas para 2026
Segundo dados da Cecafé em 2026 pode haver a queda da demanda do café o que irá assim fazer com que os valores aumentem consideravelmente, mas é claro que as expectativas de que a safra de 2025 seja positiva está nas alturas e para isso o clima vai ter que colaborar também.
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